Vai ter continuação sim!! Bora lá...
Que eu
gosto de foto, todo mundo sabe, né? Não é segredo para ninguém. Tia Marilda que
o diga, quase virou uma fotógrafa profissional de tanta foto que tirou de mim
durante essa viagem. Ahahaha
Ainda
em Paris, acordamos bem cedinho, com a
sensação térmica de -1°, praticamente congeladas, resolvemos que passaríamos o
dia em Versailles. Por ser um pouco afastado e muito grande, precisávamos de
muito tempo para ver tudo por lá.
Caía
uma chuvinha fina, minha tia resolveu comprar uma sombrinha. Eu achei que o chuvisco
ia parar e não comprei. Na verdade queria economizar para comprar perfumes.
Ahahaha Me lasquei, choveu o dia todo! Lembro que a sombrinha era bem
bonitinha, charmosa, toda silkada com o nome da cidade mais linda do mundo “Paris”. Mas posso falar uma verdade?
bem fraquinha viu! No primeiro vento ela já ficou toda torta. Lá fomos nós,
assim mesmo, no chuvisco e de sombrinha torta. Eu e minha tia gargalhávamos com a
situação, mas estávamos em Paris, né bem? tudo era festa. (Risos)
Chegando em Versailles, gente do céu! Tinha uma fila gigante para entrar e o
chuvisco engrossou. Pensa a situação: um frio de lascar, ou melhor, de congelar,
e eu e minha tia dividindo uma sombrinha torta em uma mega fila. Cada um na
fila reclamando em uma língua diferente. Ahahhaha foi muito engraçado! A
sombrinha “troncha” nos salvou. A maioria dos visitantes não tinham levado nada
e as sacolas de souvenirs dos passeios anteriores, guardadas na bolsa, viraram
sombrinhas.
Conseguimos
entrar, a segurança era tremenda. Fomos logo depois do último atentado em
Paris, em novembro de 2015, então a atenção era dobrada. Lá dentro nos deram um "radinho" que
explicava tudo, cada ambiente, cada quadro, tudo. O meu ficou no pescoço só de
enfeite, porque não consegui colocar na língua Portuguesa. Mas tudo bem. Kkkk
Toda
hora que parávamos para tirarmos alguma foto, tínhamos que tirar as luvas para
usar o touch do celular. Tirávamos a foto, colocávamos as luvas novamente porque
os dedos já começavam a congelar. E era assim o tempo todo. Tira luva, tira
foto, coloca luva. Nessa brincadeira minha tia perdeu a luva chique dela. Quase
morreu de raiva. Me fez voltar vários ambientes procurando a luva e nada. Foi
paia. Ela quase perdeu a mão congelada ahaha (brincadeira).
Eu tive
sorte. Tava lá, toda na pose, tirei as luva, esqueci de colocar. Quando paramos
para comer no Angelina (uma unidade da casa de chá bem famosa de Paris), me lembrei da luva. Voltei
correndo e lá estava ela, linda e solitária no chão. Tá bom, ela não era tão
linda assim, acho que por isso permaneceu intacta lá, mas era bem quentinha.
Ahahahaha
Resolvemos
descer para conhecer o jardim, estava tão frio que resolvemos percorrer tudo à
pé para tentar esquentar o corpo. Andamos tanto, mas tanto, que em um momento quase paguei 35 euros no
aluguel de um carrinho lá. Mas pensei nos perfumes e desisti. E detalhe: a
sombrinha “troncha” sempre à tiracolo. Ainda bem que ela nos rendeu algumas fotos
legais. Ahahaha
Amava
soprar no vento e fazer fumaça (coisa de turista que quase não pega temperaturas baixas). Ahaha Era frio que não acabava mais. Andamos,
andamos e andamos. Fotos e mais fotos. Voltamos para o hotel quase nove da
noite. Estava morta, mas mesmo assim tomei um banho bem quente, coloquei calça,
meia, botas, luva, cachecol, casaco e gorro e fui andar sozinha na Champs
Elysées.
Aquilo
parecia um sonho! A noite é ainda mais linda naquela cidade. Meu Deus! Olhava
pra tudo e meus olhos brilhavam. Fiquei parada horas, agradecendo a Deus por
estar ali, onde eu jamais imaginei que estaria um dia. Olhava pra frente e via
o Arco do Triufo, pra baixo, lá no fundo, via a Torre Eifel. As luzes, o vai e
vem das pessoas descendo a avenida mais importante de Paris, os monumentos iluminados. Queria
que o tempo parasse ali, naquele exato momento. Não dá para explicar aqui a
grandeza da beleza daquele momento, daquele lugar. Sempre que eu viajo, tiro um
tempinho pra mim. Gosto de ficar sozinha para refletir sobre vida. Nas minhas
viagens sempre tiro um tempinho para isso. Acho que todos nós precisamos de
momentos assim, um verdadeiro refrigério para a alma. Esse meu momento em Paris foi um dos mais maravilhosos
da minha vida.
Depois,
aproveitei para comprar perfumes com as economias que fiz. E pasmem, sozinha,
sem falar inglês ou francês. Por sorte entrei em uma loja que tinha uma
vendedora portuguesa e ela entendia mais ou menos o que eu falava. A loja
estava cheia de brasileiros, com as cestinhas cheias de perfumes, cheias mesmo,
tipo de 10 perfumes para mais. Gostei bastante da Sephora de Paris. É animada, tem DJ e tudo mais. Parece festa!
No
outro dia acordamos cedo e fomos embora. Jogamos a sombrinha fora, tive que
deixar uma bota para trás, era ela ou os perfumes. Pegamos o trem e fomos para
Londres...
Continua
no próximo post...
Beijos
da Emê
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Nessa hora eu perdi minha luva |