quinta-feira, 10 de março de 2022

O amanhã é um novo dia!

Vendo o relato recente da Juliette (Ex-BBB), veio a minha mente tudo que vivi no início de 2020. Eu tinha acabado de voltar das minhas férias em Portugal, estava felizona e com mil planos na cabeça. Era segunda-feira. Fui acompanhar minha mãe em um exame de rotina com seu neurologista. Há um tempinho descobrimos que minha mãe tem um meningioma cerebral (tumor benigno) e dois aneurismas. Na época, ela realizou um procedimento chamado “embolização” para conter o avanço de um dos aneurismas, que era o mais preocupante. Correu tudo bem, e agora apenas fazemos acompanhamentos anuais para ambas situações.

Um dos principais motivos do desenvolvimento do aneurisma é a genética, ou seja, uma tendência hereditária (de mãe para filho e assim por diante). O neurologista da minha mãe nos alertou que a doença pode afetar até a quinta geração da nossa família a partir da minha mãe, por isso, é muito importante que todos nós façamos o exame de angioressonância. É nele que as veias do seu cérebro são observadas e avaliadas.

Enquanto eu acompanhava minha mãe no seu retorno anual, Dr. Francisco me pediu, mais uma vez, que fizesse a angioressonância (sim, ele já tinha me pedido mil vezes, desde o dia que descobrimos o problema da minha mãe). Eu sempre relutava em fazer, pois morria de medo de descobrir ter aneurisma.

Nesse dia, nada me impedia de fazer. Contei meus planos de estudar fora e ele disse que eu realmente precisava fazer para ir tranquila. Saí da sala dele e já consegui uma vaga para o exame. Tiveram que aplicar contraste na minha veia, o que significa que tinham que avaliar melhor algo ali. Travei dentro daquela máquina. Pensei, pronto, vou morrer. E meus planos, sonhos? Socorro, Deus!

No dia de levar o resultado, nenhuma surpresa. Tinha algo ali e ele disse que tudo indicava ser um aneurisma, mas que precisava de um exame mais específico: uma angioplastia (cateterismo). Aí pronto!! Pensei que era meu fim! Já nem pensava mais nos meus planos e nem queria sonhar mais. Marquei o exame para 28 de fevereiro de 2020. Fiquei um mês tensa e prometi só pensar nos meus planos depois do resultado. Na verdade, foi o mês que mais demorou a passar no ano. Pai santo!! 

Chegou o dia do procedimento. Fiz com o Dr. Elias Rabahi e sua equipe. Graças a Deus eu sempre estive em boas mãos. Os médicos disseram que o procedimento não poderia ter anestesia, que eu ia ver tudo, ficaria acordada. Logo eu, Maria Ansiedade?!!! Não ia conseguir nunca ver um cateter entrando pela minha perna e chegando até  meu cérebro. Só de escrever aqui e relembrar já dá uma moleza (risos). Chorei, falei que não ia conseguir e eles resolveram me sedar.

Me despedi da minha mãe e pensei: adeus mundo! Sou meio dramática assim mesmo, foi assim na minha rinoplastia e em uma outra cirurgia que fiz. Ao fim do procedimento, sobrevivi, acordei com a minha mãe do meu lado. Eu chorava e não falava nada com nada por conta do sedativo. Fiquei bem grogue! Recebi uma ligação que acalmou meu coração e que me dava a certeza que tudo ia ficar bem. Eu tinha planos e eles não podiam acabar ali.

Dr. Elias apareceu no corredor enquanto eu me recuperava da anestesia e me deu a melhor notícia que eu poderia ter naquele ano. “Fique tranquila, não é um aneurisma, é apenas uma formação diferente da sua veia. Pode viver tranquila e sem medos”, disse ele, segurando a minha mão. Eu chorei, mas foi de alegria e de alívio. Dr. Francisco, quando viu o resultado da angioplastia, disse o mesmo, mas pediu que eu refizesse o exame a cada cinco anos. É um cuidado a mais para evitar o pior.

Voltei a sonhar, planejar meu futuro e a realizar tudo que tenho buscado. A vida é um sopro e amanhã podemos não estar aqui. Tudo isso que passei me fez valorizar ainda mais as oportunidades, os pequenos momentos, as pessoas e os sorrisos.  Resolvi escrever aqui pra guardar esse tempo e nunca esquecer que “amanhã é outro dia”.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

1x0


Os dias têm sido mais escuros que o normal para Theo. Quando se perde um amor, mesmo com sol tudo fica cinza, sem cor e sem amor, mas Theodora segue firme sem titubear. Coração quebrado, pernas bambas, sem saber por onde recomeçar, mas ela tem uma força que nem ela sabe quem tem.

Que o brilho dela e seu sorriso ensurdecedor atinjam pessoas de verdade, de caráter e que tem coragem de viver aquilo que quer e sonha. Theodora é corajosa, é alegria é amor. Hoje ela é dor, de uns dias pra cá ela é decepção, mas tudo passa querida Theodora. Tudo passa!

Amar é se entregar, é confiar, é torcer um pelo outro, é querer sempre o bem, é estar junto e é, acima de tudo, ser fiel. Theodora perdeu mais um jogo da vida. Dessa vez o que ela mais gostou de jogar. Seu sorriso era largo, forte, era amor pra todo lado, mas não se vence nenhum jogo jogando sozinha. 

No meio do campo, com um oceano de distância, Theodora se viu só e o outro jogador abandonou o time por outro mais perto que deve ter também inúmeras qualidades das quais Theodora não quer saber.

Foram muitas entregas jogadas ao vento, eu te amo levados pelas águas do mar e um amor perdido que não dá pra acreditar que era de verdade.

Tudo se vai um dia. Toda perda é muito difícil, principalmente quando acontece rápido assim. Não era pra ser Theo, você merece muito mais.

Você é ouro, é sagaz, é paz, porto seguro de quem te tem por perto, é família, é amor, é amiga, guerreira e corajosa.

Você também merece alguém que dance descalço contigo, que converse, que ame a sua cachorra e que tire milhões de fotos sua sem reclamar. Merece alguém que lhe convide para viajar, pra ir num parque qualquer, comer um prego ou beber um drink. Você merece e sabe disso!

O amor sempre vence Theodora. 

Se não venceu, é pq não era amor e nem era seu!